Antagonistas
Colocando os pingos nos is
Protagonista
S. 2 gén.
1. Principal ator.
2. Fig. Pessoa que ocupa o primeiro lugar em qualquer acontecimento.
3. Promotor.
4. Interveniente em episódios da vida quotidiana.
Antagonista
s. 2 gén.
1. Rival.
2. Contraditor.
3. Opositor.
4. Adversário.
adj. 2 gén.
adj. 2 gén.
5. Anat. Que actua!atua em sentido oposto.
Partindo das informações acima já podemos identificar um erro comum na construção do antagonista – a falsa relação de Antagonista com o conceito de mal.
Um lanço que precisa ser quebrado em uma criação é a noção de bem e mal. A uma crendice popular que diz: “Patas de colho dão sorte”, mas para conseguir uma pata de coelho você tem que matá-lo, então seria um equivoco definir a situação de um único ponto de vista. Nesse caso não existe lado bom ou mau, sejam o coelho ou o caçador os protagonistas, a contraparte não será exatamente má, mas sim um opositor.
O conceito por trás de grupos malignos não é o de ser mau, mas sim sua postura contraria em relação a uma idéia/conceito/ação... esse será o motivo que os tornam os antagonistas, não simplesmente ser “mau”.
E lá vêm os problemas...
Como dito anteriormente o conflito é o que define a relação: “Protagonista <-> base <-> Antagonista. A parte mais importante na criação de um antagonista é definir o conflito e como ele afeta: O Antagonista, o Protagonista e a Base.
A Base é o que separa o Protagonista do Antagonista, seja ela o Background, a historia em si, as cadeias de eventos que ligam as historias, o mundo como um todo, os amigos ou pessoas que povoam o mundo/historia e etc. A seguir dois finais de A caverna do dragão e suas explicações a respeito.
Final 1
Hank grita “Eu estava certo! A nossa missão não era matar o Vingador, e sim REDIMÍ-LO!”- O Mestre dos Magos aparece, olha para o Vingador e sorri. O Vingador olha para o Mestre dos Magos, se ajoelha e diz “Pai, eu voltei”
Explicação do Vingador para os rapazes:
“Há milhares de anos atrás, decidi seguir outro mestre – um mestre maléfico. Aprisionei neste sarcófago tudo o que o Mestre dos Magos havia me dado. E vocês me libertaram!”
- Mestre dos Magos ergue as mãos, e o portal para o parque de diversões aparece à frente deles. O anão mestre diz:
“Vocês devolveram a liberdade a todos aqueles que estavam presos nesta masmorra. O mínimo que posso fazer é o mesmo por vocês. Estão livres para voltar ao vosso mundo agora, se assim desejarem”
Final 2
"Na última aventura deles, aquele dragão de 7 cabeças conta a verdade e depois eles a comprovam. O dragão conta que nunca mais eles voltarão para a Terra.
Nunca porque quando eles estavam descendo naquele carrinho da montanha russa, eles não entraram em outra dimensão. O carrinho caiu... e eles morreram. Eles não vão voltar porque eles estão mortos. E lá é o inferno!
Como nenhum deles era bonzinho na vida real, eles foram parar no inferno, depois que morreram na queda do carrinho e o demônio resolveu brincar com eles.
Cruel e sádico, o demônio às vezes aparecia de Vingador e às vezes de Mestre dos Magos! Os dois na verdade eram a mesma pessoa: o Demônio, sádico, jogando e brincando com os novos moradores de seu império!
O Dragão na verdade é um anjo que vai até o inferno com a missão de tentar fazer com que eles descubram a verdade e que, depois de tantas tentativas, acaba por revelá-la.
O demônio tinha um capeta que o auxiliava neste trabalho. Alguém que sempre os impedia de voltar (ou seja de descobrir que não havia como voltar): a pequena unicórnio Uniii. Ela na verdade, era um enviado do demônio que os acompanhava todo tempo para atrapalhá-los e brincar com seus sentimentos.
Nunca mais eles voltarão e viverão para SEMPRE naquele INFERNO.
Nunca porque quando eles estavam descendo naquele carrinho da montanha russa, eles não entraram em outra dimensão. O carrinho caiu... e eles morreram. Eles não vão voltar porque eles estão mortos. E lá é o inferno!
Como nenhum deles era bonzinho na vida real, eles foram parar no inferno, depois que morreram na queda do carrinho e o demônio resolveu brincar com eles.
Cruel e sádico, o demônio às vezes aparecia de Vingador e às vezes de Mestre dos Magos! Os dois na verdade eram a mesma pessoa: o Demônio, sádico, jogando e brincando com os novos moradores de seu império!
O Dragão na verdade é um anjo que vai até o inferno com a missão de tentar fazer com que eles descubram a verdade e que, depois de tantas tentativas, acaba por revelá-la.
O demônio tinha um capeta que o auxiliava neste trabalho. Alguém que sempre os impedia de voltar (ou seja de descobrir que não havia como voltar): a pequena unicórnio Uniii. Ela na verdade, era um enviado do demônio que os acompanhava todo tempo para atrapalhá-los e brincar com seus sentimentos.
Nunca mais eles voltarão e viverão para SEMPRE naquele INFERNO.
Considerações Final 1
Nesse caso o autor parte da premissa de que seus destinos estavam traçados, o antagonista para quem tem bons olhos não é o Vingador, mas sim o Mestre dos Magos (Sim! Esse baixinho 171 mesmo). Note que quem trousse os protagonistas do mundo humano foi o mestre dos magos com o único objetivo de libertar seu filho “Vingador”, não apenas isso, mas ele poderia ter enviado eles de volta para casa a qualquer hora, mas fazer isso ia contra sua motivação inicial.
Considerações Final 2
O autor assumiu uma linha de raciocínio básica: “inicio”, “blá,blá,blá...”, “fim”. Note que ele desenvolveu a idéia partindo de como começa e como termina e desenvolveu o meio disso... Definiu o antagonista que na verdade nunca apareceu “O diabo” o fazendo se passar por aliado e inimigo (Vingador não é antagonista, pois sua motivação não é contraria; apenas uma distração) e finalmente temos o co-antagonista Unii que fazia parte do trabalho sujo do verdadeiro antagonista (O diabo).
Nota: Algumas pessoas podem confundir, mas quando um roteiro é feito ele deve ser tratado a partir da percepção da pessoa que o está lendo, assim mesmo que “O Diabo”, “Mestre dos Magos” e “Vingador” sejam a mesma pessoa, até o final da série (O clímax) os protagonistas não tinham idéia disso.
Esse final também nos mostra um “erro” clássico: “Basear o antagonista em uma figura”. Nesse caso o antagonista era toda situação criada, ou seja, não tinha um “Senhor supremo do mal absoluto”, não a quem ser morto ou derrotado para chegar a um “fim”.
Personalidade conflitante...
Um erro comum é inferiorizar e minimizar os antagonistas a simples “caras que querem acabar com o protagonista”. Acredite, mas antagonistas também fazem cocô; todos os antagonistas tiveram/tem uma vida antes de serem derrotados: família, vida pessoal, aspirações, sonhos reprimidos, inimigos derrotados, passados vergonhosos ou gloriosos... Então não o reduza a um cara com uma cicatriz no passado e meia dúzia de problemas mentais, afinal antagonistas também tem sentimentos.
Considere o antagonista um reflexo dos protagonistas: Base, poder, aliados, família, namorada, uma roupa de lycra que modela o corpo... se o protagonista é tão profundo então por que o antagonista tem que ser tão profundo quanto uma poça d’água? Antagonistas são tão (ou até mesmo mais) importantes que os protagonistas, afinal sem eles os protagonistas não iam ter muita coisa pra fazer.
A inteligência também é um fator decisivo para um bom antagonistas, que geralmente se resumem a: “Um cara que pulveriza coisas com toque, mas fica esperando os protagonistas invadiram a masmorra para só então entrar em uma batalha suicida”. Esse seria um exemplo de vilão com poder, mas sem nenhum cérebro. A combinação poder + inteligência pode formar bons antagonistas, mas o intuito aqui é que os antagonistas devem usar de todos os seus recursos: Poder, dinheiro, fama, inteligência, sabedoria, carisma, amigos, inimigos (sim, um antagonista pode usar seus inimigos contra seus próprios inimigos)...
O ato final
O ato final é geralmente relacionado a morte ou derrota do antagonista, e de modo generalizado é considerado o “climas” onde tudo é revelado.
A morte de um antagonista deve ter um valor significativo em todo o conflito gerado, como um resultado satisfatório para um dos lados ou para um “desejo coletivo”. Note também que a morte/derrota de um antagonista não que significar exatamente uma vitoria para os protagonistas. Um antagonista também tem vida, sua morte vai afetar as coisas ao seu redor, mas isso cabe a você definir...
Criado por: Diego Rafael (Loki ou Loki666)
Eu estava procurando referências sobre vilões e encontrei um post seu em um fórum de RPG. O tópico de lá (Mal, Maldade e Vilania) estava tão completo que vim parar aqui. Parabéns pela iniciativa e pela qualidade das informações. Tenha certeza que você está tornando a vida de mestres iniciantes (como eu) muito mais... não digo "fácil", prefiro "maligna"...
ResponderExcluir:)
Ninfa Negra